Professores da UFT Aderem à Greve Nacional da Categoria

sábado, 26 de maio de 2012

Paralisação começou nesta sexta-feira (25), em todos os campi por tempo indeterminado; cerca de 15 mil alunos ficarão sem aulas.


Professores da Universidade Federal do Tocantins (UFT) decidiram ontem, por unanimidade, aderir à greve nacional. A paralisação ocorreu logo após o fim da assembléia geral, ocorrida durante a tarde. A UFT é a última universidade da região Norte a anunciar adesão à greve, que já contava com 44 outras instituições de ensino.
 Durante a assembléia geral, realizada no campus de Palmas, foram ouvidos representantes dos sete campi da instituição, que apresentaram propostas de concordância ao movimento grevista por tempo indeterminado.
O comando de greve entregou ainda ontem o comunicando de adesão à reitoria e ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN). Cerca de 15 mil alunos deverão ficar sem aulas.
 "A assembléia apenas referendou a decisão dos professores de cada campus. Agora, o próximo passo é sentar com a reitoria para negociar quais serviços essenciais devem ser mantidos", explicou o coordenador do Sindicato dos Docentes da Universidade Federal do Tocantins (Sesduft).

Apoio
Durante a assembléia geral, muitos estudantes manifestaram apoio ao movimento grevista. "Declaramos nossa solidariedade à causa porque entendemos que a política salarial e um plano de carreira são pontos fundamentais para uma universidade de qualidade", afirmou o presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFT, Felipe Carvalho.
 O DCE estuda ainda a possibilidade de paralisação dos estudantes em apoio ao movimento dos professores. Na próxima semana devem ser organizadas assembléias nos campi da UFT para discussão da possibilidade de paralisação dos estudantes em apoio aos professores, informou Carvalho.
 Uma manifestação de professores federais está marcada para segunda-feira em frente ao Ministério do Planejamento, em Brasília (DF). Os professores farão vigília à primeira reunião do comando de greve nacional com os representantes dos ministérios da Educação e Planejamento, desde o início da greve, que começou em 17 de maio. 


Reivindicações
Os professores reivindicam a reestruturação de um plano de carreira e a incorporação de gratificações ao vencimento básico. Os professores também pedem aumento do piso salarial dos atuais R$ 557,51 para R$ 2.329,35, valor calculado pelo Dieese como salário mínimo para suprir as necessidades previstas na Constituição Federal.


Entenda

O governo concedeu aumento de 4% ao salário-base dos professores e a incorporação de algumas gratificações retroativas a março deste ano. Mas, a promessa de reestruturação da carreira dos professores federais não foi cumprida, afirmou a presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Marina Barbosa.
Juliana Matos/JT

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