Agenda Tocantins, um projeto ineficiente e milionário

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Acontece logo mais, a partir das 8 hs da manhã dessa terça-feira, 27, no auditório do ITPAC em Araguaína, a 8ª edição do Fórum do Agenda Tocantins. O projeto custou aos cofres do estado o valor de 2, 2 milhões de reais e o contrato foi firmado com a Organização Jaime Câmara sem licitação.
Teoricamente, o Agenda Tocantins tem por finalidade ouvir a população para saber as necessidades dos tocantinenses, e a partir das informações o governo elaborar o PPA (Plano Plurianual) para direcionar os investimentos entre 2012 e 2015. Na prática o projeto não atinge os objetivos, apenas tem um gasto milionário de dinheiro público e finge ouvir a população, um evento ineficiente.
A falta de transparência e incompetência do estado
O evento contraria o princípio da administração pública ao dispensar a licitação, mas o governo alegou que contratou a OJC por ter experiência. Todavia surgem questionamentos: porque contratar um veículo de comunicação para realizar os trabalhos de responsabilidade do governo? Para especialista, a terceirização de serviços públicos revela a incompetência do estado em administrar. Porque ouvir a população, se na época da eleição o governo dizia estar preparado para administrar o estado por saber as necessidades da população?
A ineficiência do projeto
Apesar do objetivo ser o beneficiamento da comunidade, mas a forma que o projeto é realizado não permite a interação da comunidade. Primeiro porque os dados e informações públicas ficam exclusivamente com a OJC e são divulgadas através de um encarte no Jornal do Tocantins e não chega a 3% da população do estado. Ainda vale ressaltar que para ser ter acesso as informações, a comunidade precisa comprar o jornal ou fazer a assinatura pela internet. São dados públicos e todos os veículos de comunicação têm o direito de divulgar as informações.
Todos os fóruns que visam ouvir a comunidade precisam ter reuniões prévias e um trabalho com a comunidade no sentido de reunir os grupos sociais como igrejas, associações e movimentos estudantis para elaborar as prioridades da região e depois os representantes da comunidade levar as demandas para o debate técnico. Mas no Agenda Tocantins não existe esse processo, as reuniões são realizadas sem nenhuma preparação e a data do evento é mantida em sigilo até 5 dias antes da realização.
As evidências de protestos
Em Araguaína, havia rumores de um protesto da comunidade e alguns veículos de comunicação que estavam se preparando para tecer duras críticas ás ilegalidades do Agenda Tocantins, mas o secretário de comunicação visitou a cidade 5 dias antes do evento, distribuiu pacotes publicitários para alguns veículos de comunicação e o projeto se tornou “legal” para eles; os ânimos se acalmaram e tudo deve acontecer em alinhamento entre a ideologia do governo e sua reprodução por boa parte da mídia institucional araguainense.
Não precisa ser adivinho, mas após o investimento em publicidade em Araguaína, a imagem de Siqueira Campos deve se transformar do atropelador da lei para a de um bom Samaritano. E como diz os sociólogos, a reprodução e manutenção das classes sociais continuam; a dominante sempre explorando a dominada. Sem perspectivas de mudanças ou transformações.

Fonte: Araguaina Noticias

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